Mamis: Geração XXI



Observe com atenção a mulher na imagem. Observe apenas a mulher. Beleza, segurança, determinação, elegância, sucesso são estas palavras que parecem retratar esta femme fatale, aparentemente na casa dos 30. Agora observe com atenção o que
envolve esta mulher… não…não é a companhia de um homem ou de amigas ao estilo “sexo e a cidade”, nem de inúmeros sacos que carrega no final de um dia de compras, mas sim duas belas e amorosas crianças.
Sem dúvida que, de imediato, esta fusão cria-nos alguma dissonância interna e eleva os pré-conceitos do status social, uma vez que nesta imagem a mulher não surge com a roupa suja ou o cabelo despenteado, com a casa desarrumada e aos berros com o marido.
Mas é precisamente esta concepção que necessita de ser reformulada, em pleno século XXI. Parece que a nova geração de mães pode concretizar os objetivos que deseja, com o fim de promover a homeostase, ou seja, o bem-estar global. Não se trata de responder aos padrões impostos pela sociedade, no propósito de alcançar a ”perfeição” ou executar as tarefas com excelência, nas diversas valências da sua vida, nem camuflar a preocupação de ser mãe com a sua carreira profissional ou escamotear as exigências do quotidiano.
Existe um renovado conceito de “poder alcançar tudo” que corrobora a auto-profecia de Winnicott “ser mãe suficientemente boa”, ou seja, a capacidade de organização, gestão de tempo e força interior que as mulheres deste século parecem ter vindo a adquirir e as da nova geração a implementar. A mulher pós-moderna parece conseguir cada vez mais acomodar os papéis que outrora adquiriu e assimilar o novo papel de ser mãe, sabendo que errar é admissível, faz parte do crescimento, que escolhas poderão requerer perdas e que tudo fará parte de um processo natural de tomada de decisão.

Tudo isto parece brindar as mães com uma felicidade e bem-estar psicofisiológico, que por conseguinte se traduzirá numa mulher bem sucedida, cujo papel de mãe, detentora de uma carreira de sucesso faz reluzir uma beleza interior e um porte de elegância.
By Helena Marques

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